28 de out. de 2010

Palestra: Eu não vim destruir a lei E.S.E. Cap. I – Itens de 8 a 11


Palestra: Eu não vim destruir a lei

E.S.E. Cap. I – Itens de 8 a 11

_Aliança da Ciência e da Religião

_A era nova

- Sto. Agostinho

Ao fazer primeiramente buscas na Internet sobre ciência/religião, encontrei vários comentários de que: “não se pode conciliar religião e ciência”, “cada uma deve cuidar estritamente de seus assuntos”.

No dicionário encontrei:

Ciência: conjunto de conhecimentos obtidos pela observação e experiência.

Vamos analisar:

Matemática é ciência? Onde aplicamos seus conhecimentos? (motor, colheita, na medida do remédio)

Astronomia? E culinária?

Quando falamos “Ciência”, parece algo muito difícil e complicado, longe do nosso dia a dia, mas não é.

E onde está o princípio disto tudo?

Quando falamos de cálculos, da inteligência do homem, de suas relações sociais, da colheita, dos ingredientes da culinária, da medicina, biologia, dos animais, da natureza, dos astros....qual o princípio?!

Voltando ao dicionário encontrei:

Religião: crença na existência de forças sobrenaturais.

Eu particularmente achei esta explicação fraca, pobre, embora real.

Ao recordarmos o início do capítulo vemos Moisés ensinando a um povo ignorante, para quem qualquer manifestação da natureza, por não possuírem recursos da inteligência desenvolvida para entender os fenômenos naturais, figurava como maravilhoso, sobrenatural, e eram considerados divindades. Mas hoje, uma grande parcela da população, entende religião, com sentido mais amplo.

Kardec nos esclarece melhor quanto ao sentido de religião e contraria a idéia vigente de discordância, ao afirmar:

Ciência e Religião são duas alavancas da inteligência.

A ciência revela as leis do mundo material.

E a religião revela as leis do mundo moral.

Afirma também que: “não podem se contradizer porque tem o mesmo princípio que é Deus”.

E explica mais. A atual discordância entre as duas deve-se a:


Falha de observação > gera ˂ incredulidade

Exclusivismo intolerância

O Espiritismo é o traço de união que as aproxima.

Possui o conhecimento das luzes que regem o mundo espiritual e sua relação com o mundo material.

E pela experiência uma nova luz se fez.

A fé se dirigiu à razão.

Kardec iniciou seus estudos da doutrina através de experiências.

Como se dá um fenômeno mediúnico? (antes tido como sobrenatural)

Quem o faz acontecer?

Para que?

Fluidos, energia, matéria, espírito, perispírito; que relação tem entre si?

Por isso ouvimos dizer que: Espiritismo é: ciência, filosofia e religião.

No item da Era nova os espíritos fazem uma recapitulação do capítulo.

_Moisés- ensinamentos para um povo semi selvagem, ignorantes.

(temente a Deus)

_Cristo- moral mais pura, sublime.

(amor a Deus, ao próximo)

_Espiritismo- Esclarecedor

Marca da revolução moral elaborada por mais de 18 séculos, início de uma era nova da humanidade.

Onde ciência e religião darão as mãos para o progresso.

Depois os espíritos nos falam de Sto Agostinho, que foi um homem atuante na igreja católica, e que após a sua morte foi um espírito que se empenhou na propagação da doutrina espírita e um de seus maiores divulgadores por se manifestar por toda parte.

Mais uma comprovação científica dos fenômenos mediúnicos pela experiência.

Mas os espíritos esclarecem; vinha ele, pois em espírito destruir o que edificou? Não. Sua alma liberta compreendia idéias novas.

Mas nos perguntamos, porque ainda tantas pessoas são irredutíveis?

E Kardec afirma que mesmo aqueles que permanecerem irredutíveis, serão arrastados pelo movimento geral.

È aí que entra a era nova.

Hoje nos esclarecemos, amanhã contagiamos os outros com nossos conhecimentos e assim por diante. Como a propagação de ondas de um lago.

Lembrei-me da história de Tomé. Quem já não ouviu ou já disse:

“Sou como São Tomé, tenho que ver para crer.”

A história do discípulo do Cristo está na Bíblia, conta que na primeira aparição do Cristo após a crucificação, Tomé não estava presente e não acreditou que fosse o Cristo que aparecera aos amigos, afirmando que só acreditaria se tocasse suas chagas.

Vamos ler o capítulo O Testemunho de Tomé, do livro Boa Nova. No final dele encontraremos explicações do que se passou com o discípulo. (pág. 111)

Eu creio que não há censura em se querer compreender através da experiência.

Não creio que o Cristo tenha censurado Tomé, Ele deu-lhe a prova de que ele necessitava e convidou-o a tocar suas chagas.

Fez mais, fortaleceu-lhe a fé, através do seu exemplo vivo de sacrifício por amor a humanidade.

È a união do conhecimento e do sentimento.

União da razão e da fé. (ciência e religião de mãos dadas p/ o progresso)

Muitos não possuem a espontaneidade da fé, e só serão tocados quando a razão for iluminada pela luz da experiência e do entendimento.

O Cristo afirma: “Feliz aquele que crê sem ver”.

Aquele que hoje crê sem precisar de certas experiências, pode te-las vivido em outra existência, e aprendido sua lição.

Uma amiga exemplificou que a experiência de Tomé muitas vezes é como a nossa quando passamos por provas difíceis.

“Tocamos nossas próprias feridas”, nas experiências difíceis e provações que passamos, até que aprendamos.

Até que o nosso entendimento seja iluminado pela luz da experiência, e seja cristalizado pelo coração. Para que não tenhamos que repetir as experiências de dor e em outras reencarnações possamos apresentar a espontaneidade da fé.

No livro A caminho da luz, no capítulo O evangelho e o futuro, encontramos:

“Trabalhemos por Jesus ainda que a nossa oficina esteja localizada no deserto das consciências. Todos somos dos chamados ao grande labor e nosso mais sublime dever é responder aos apelos do Escolhido. ...a noite não tarda...não nos esqueçamos de Jesus, cuja misericórdia infinita, como sempre será a claridade imortal da alvorada futura...”

Após a noite dia.

Após a sombra luz. Elaine

Livros de apoio:

E.S.E.- Evangelho Segundo o Espiritismo.

Boa nova- O testemunho de Tomé, de Chico/Humberto de Campos.

A caminho da luz- O evangelho e o futuro, de Chico/Emmanuel.

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